Ex-controlador é ouvido pela CPI do INSS

O ex-controlador interno da Prefeitura de Penha, Rafael Murilo Celestino, conhecido popularmente como Ponha, prestou depoimento na CPI do INSS na manhã de terça-feira (26). Ele afirmou que não tem conhecimento técnico para falar das compensações que teriam originado uma dívida para o município de mais de R$ 50 milhões com a Refeita Federal – valores que estão sendo questionados nas esferas administrativas e judiciais.
Celestino reitera, no entanto, que as compensações são um expediente comum tanto na área pública quanto na área privada e vê normalidade em todo o processo. “É uma instituição normal, várias empresas e prefeituras fazem essa compensação. E também é papel da Receita Federal questionar, contrapor isso. Dizer que talvez esteja errado, que tem que comprovar. E aí sempre vai para a área administrativa ou judicial para poder esclarecer o assunto. Mas eu de fato não tenho conhecimento específico sobre esse caso”, ressalta Ponha.
No período da contratação da empresa Pública Consultoria Ltda (que orientou a administração municipal a efetuar as compensações), Rafael Celestino afirma que não atuava mais na Controladoria Interna, mas no Departamento de Recursos Humanos, ligado à Secretaria de Administração.
O ex-controlador considera ter sido um prazer poder contribuir com a CPI, independentemente da questão política. “Eu nunca fui muito partidário e eu realmente não tenho problema com ‘a’ ou com ‘b’. Situação ou oposição, isso para mim não interfere em nada pois conheço todos eles pessoalmente. Alguns são amigos de datas anteriores e foi um prazer poder contribuir com esse caso”, conclui Celestino.
Ex-prefeito será ouvido na quarta-feira (27)
O ex-prefeito Evandro Eredes dos Navegantes (PSDB), em resposta ao ofício nº 745/2018, que o convocou para a oitiva na CPI do INSS, afirma que teve “afetada a sua condição psicológica” em função de sua recente prisão temporária na Operação Sutura, amplamente divulgada pela imprensa local, que investiga possível desvio de recursos na área da saúde. Por isso o ex-prefeito solicitou o adiamento da oitiva da CPI, que deveria ter sido logo após o depoimento de Rafael Murilo Celestino, para a manhã de quarta-feira (27), às 10h30, no Plenário Expedicionário Tenente Milton Fonseca, sede do Legislativo Penhense.
O depoimento do ex-prefeito será o último da CPI do INSS que, logo em seguida, parte para a aprovação do relatório final.
CPI do INSS
A Comissão Parlamentar de Inquérito foi solicitada pelas bancadas do PMDB, DEM, PR e PROS, no final de 2017, depois que a atual administração municipal veio a público revelando que haveria uma dívida milionária sendo cobrada pela Receita Federal, resultado de multas e correções.
Representada pela Pública Consultoria e Desenvolvimento Profissional LTDA, empresa sediada em Blumenau, a Prefeitura foi orientada para que fossem realizadas as compensações de contribuições previdenciárias a partir de uma auditoria. Para isso, a empresa de consultoria recebeu dos cofres públicos cerca de R$ 1,6 milhão.
Autor: Victor Miranda
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