Advogada e enfermeira do município falam sobre atendimento a mulheres em situação de violência

CVP 29/2021
Na quarta-feira (24) a Câmara de Vereadores de Penha, através da Procuradoria Especial da Mulher, deu sequência à série de lives do mês de março para discutir as políticas públicas voltadas para as mulheres em situação de violência doméstica.
O procurador especial da mulher Luiz Fernando Vailatti (Podemos), o Ferrão, juntamente com o sub-procurador Roberto Leite Junior (Cidadania) receberam para o bate-papo virtual a advogada Natália Garcia, do CREAS, e a enfermeira Schirlei Maiara Bento, da Secretaria Municipal da Saúde.
Natália ressaltou o aumento significativo da violência doméstica no ano de 2020 na comarca, que engloba os municípios de Penha e Balneário Piçarras. Segundo a advogada, que atua diretamente com o atendimento de mulheres em situação de violência, tivemos 152 medidas protetivas no ano passado (nas duas cidades), um aumento de 50% em relação ao ano de 2019.
Shirlei, enfermeira do setor de DST, atua no município há 20 anos com a saúde da mulher e ressaltou o trabalho realizado com mulheres vitimadas pela violência, principalmente a sexual. “Uma das portas para essas mulheres [que sofrem abuso sexual] é a Saúde. Nós ativamos todo o sistema, como a Polícia Civil, se necessário, o CREAS, o CRAS... Essa mulher tem direito ao atendimento. Um deles é a prevenção [contra doenças sexualmente transmissíveis], o contraceptivo etc. E ela também não pode deixar de procurar uma UBS, o postinho, para entrar em contato com o profissional da Saúde”, explica a servidora do município.
Tanto Natália como Shirlei reconheceram as dificuldades encontradas e a importância de se trabalhar em rede para atender as mulheres em situação de violência, promovendo o diálogo entre diversas instâncias da sociedade, bem como dos órgãos públicos que atuam na área da Saúde, Assistência Social, Segurança Pública, entre outras.
“A gente sabe das nossas dificuldades. Mas, enquanto funcionários públicos, que a gente possa atuar com eficiência, buscando mais saídas, levantando pautas importantes. Que a gente possa dar voz para as nossas ‘Anas’, para as nossas ‘Marias’, para as nossas mulheres de Penha. Que a gente possa implementar política pública para as mulheres negras, para as mulheres transexuais, que são tão violentadas [...] Que possamos buscar igualdade como está previsto na nossa Constituição”, conclui Natália.
A Procuradoria Especial da Mulher realiza sua última live na quarta-feira (31) com a participação do Coletivo Mulheres do Brasil em Ação (CMBA), representado pela coordenadora Regina Santos Gadelha, pela advogada Carolina Bandeira e pela psicóloga Elisa.
Autor: Victor Miranda
Fonte: Assessoria CVP
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